12 de dezembro de 2011

Como está o seu "listening"?

Olá!

Como já faz tempo que eu não apareço por aqui e não tinha nada para fazer hoje de manhã, resolvi gravar esse aúdio para vocês saberem como está o seu "listening" e o meu "speaking". Vocês conseguem entender o aúdio sem ler texto? Let me know!


English-1 by iamwillian

17 de outubro de 2011

Don't insist on English!

O post de hoje é para quem está sofrendo para aprender inglês, especialmente para quem está sofrendo para aprender inglês só para se tornar au pair.

Que o inglês é a língua mais usada nesse mundo globalizado, e que se você fala inglês, sempre alguém irá entendê-lo, já estamos cansados de saber. Mas aprender inglês, não é fácil. É uma língua complicada, cheia de gírias, cheia de phrasal verbs, cheia de 20 significados para a mesma palavra, com tempos verbais não existentes em português, com o som do "th" que não faz parte da nossa língua e etc., tudo isso junto e misturado pode tornar o aprendizado da lígnua inglesa "challenging", chato e insuportável.

Meus pais me matricularam em uma escola de inglês (CCAA), quando eu tinha 5 anos, não deixaram eu sair até que eu tivesse completado todos os níveis existentes, só me formei aos 17 anos. Sim, fiquei 12 anos no CCAA! Se você parar e somar todas as horas, nem vai parecer tanto assim, já que são 2 horas por semana, mas de qualquer forma, foi muito tempo. E eu aprendi? Sim. Tudo? Claro que não. Não tem como você aprender tudo, até porque não sabemos tudo nem mesmo em nossa língua materna.

Cheguei nos EUA com um nível de inglês avançado, as pessoas começaram a me elogiar desde o treinamento e agora, depois de um ano morando aqui, meu "accent" só aparece em algumas palavras. Há algumas semanas atrás, ao dizer que eu era do Brasil, a mulher do salão de cabelereiro perguntou se eu tinha crescido nos EUA, porque ela não tinha notado que eu não era daqui.  Porém, não me considero fluente, ainda, vejo muitas palavras que não tenho noção do significado, não consigo conversar sobre todos os assuntos (principalmente economia, política e medicina), mas consigo me comunicar e entender muito bem - na maioria das vezes.

Felizmente, essa não é a realidade de todo mundo e mesmo assim, algumas pessoas "se matam" para aprender inglês e nunca param para pensar que talvez, inglês não seja para elas!
Eu já vi algumas meninas no grupo do Facebook super preocupadas com o nível de inglês, dizendo que têm dificuldade, e quase morrem para ver o resultado do teste de inglês das agências. Também já vi pessoas que estão nos EUA e vão voltar para o Brasil com um inglês beeem básico.

Todas as pessoas que eu citei acima, deveriam tentar procurar outro idioma e outro país para serem au pairs, porque aprender outro idioma, que não seja inglês, pode ser mais fácil para elas.

Entendo que para a maioria outros países, não existam agências, mas você pode usar o www.greataupair.com e achar alguma família e claro, usem a cabeça e não aceitem qualquer proposta!

Para finalizar, sugiro que vocês assistam esse vídeo, que é muito interessante e fala exatamente sobre essa "fixação" em aprender inglês. E não se preocupe, se o seu nível de inglês não for tão bom, tem legenda em português - e em outras 43 línguas! :)


NÃO ESQUEÇA DE DEIXAR O ENDEREÇO DO SEU BLOG NO COMENTÁRIO!

4 de outubro de 2011

Diferentes.


É bom saber que as pessoas são diferentes. Eu gosto de chamar as pessoas assim, diferentes. Apesar de parecer que algumas pessoas são melhores do que as outras, elas são, na verdade, diferentes.

Desde que eu mudei para Salt Lake City, eu tenho pensando nas diferenças entre a família daqui e a minha previous família. Acho inevitável pensar sobre as diferenças, outros (as) au pairs devem passar por isso também.

Me disseram que as pessoas na West Coast são muito mais simpáticas, sorridentes e etc., não sei se é verdade, pelo menos não tenho notado tal diferença em SLC. Mas a minha família é muito diferente. O estilo de vida é diferente, é tudo diferente.

Eu gostei das mudanças que aconteceram. Os pais são muito de boa, muito mesmo! Gosto de conversar com eles, de passar tempo com eles, e nunca é uma coisa forçada, passo tempo com eles porque eu realmente quero ficar com eles. Sempre sou convidado para fazer coisas com eles, mesmo que seja só ir até o supermercado, geralmente, aceito todos os convites.

Algumas, a maioria das regras, são diferentes aqui. Por exemplo: Não tenho hora para chegar em casa, disseram que o que eu faço no meu tempo off, é problema meu. Posso receber visitas. Não tenho que pagar a gasolina, mesmo que eu estiver usando o carro para fazer o que eu quero (regra que eu não concordo e colocarei gasolina quando o uso do carro for pessoal). Aqui a sensação de liberdade, aparece com muito mais frequência.

Ainda não fiz amizades por aqui, por isso, não tenho feito muita coisa, mas como eu disse ali, sempre estou fazendo agora coisa com a família. E eles sabem que fazer amizades pode demorar um pouco, já tiveram outras au pairs, falaram que eu sou welcome to join them sempre.

No sábado passado, eu fui jogar boliche com eles, pela primeira vez, depois de passar um ano nos EUA! E não tirei fotos, hahaha. Esqueci a camera dentro do carro e fiquei com preguiça de voltar para pegar. Boliche não é muito fácil, eu perdi, para TODOS eles, até para o menino de 5 anos. A frase de consolo era: "That's ok, because it's his first time bowling". Foi bem legal mas no outro dia eu acordei com dor no braço. :(

No domingo eu fui para a igreja com eles e levaram o coelho! Era dia de abençoar os animais. O padre falando, cachorro latindo, gato miando, não foi das melhores missas... hahahaha. Depois almoçamos no Einstein Bros, eles têm bagels muito gostosos, nunca tinha visto na East Coast. Passei o resto do domingo no computador, porque não tinha nada para fazer.

E esse foi o final de semana! That's all folks! :)


Dica: Eu resolvi comprar, finalmente, o livro "The Help", não sei o título em português. O livro é muito bom e eu super recomendo! Leiam!
"What perfect timing for this optimistic, uplifting debut novel (and maiden publication of Amy Einhorn's new imprint) set during the nascent civil rights movement in Jackson, Miss., where black women were trusted to raise white children but not to polish the household silver. Eugenia Skeeter Phelan is just home from college in 1962, and, anxious to become a writer, is advised to hone her chops by writing about what disturbs you. The budding social activist begins to collect the stories of the black women on whom the country club sets relies and mistrusts enlisting the help of Aibileen, a maid who's raised 17 children, and Aibileen's best friend Minny, who's found herself unemployed more than a few times after mouthing off to her white employers. The book Skeeter puts together based on their stories is scathing and shocking, bringing pride and hope to the black community, while giving Skeeter the courage to break down her personal boundaries and pursue her dreams. Assured and layered, full of heart and history, this one has bestseller written all over it."

28 de setembro de 2011

Tudo novo, de novo!

Sim, é isso mesmo! Tudo novo, de novo!

Eu sei que eu sumi do blog, completamente, já fazem uns dois meses que eu não apareço aqui, nem para falar que eu ainda estou vivo.

Depois de um ano bem conturbado, eu decidi assinar os papéis para uma "extension" de 9 meses. Crazy, right?

Eu decidi de última hora, como eu disse no último post. E advinhem? Não deu certo com a primeira família que mandou um e-mail e depois dessa família, não aparecia mais nenhuma, até o ÚLTIMO dia do prazo! Eu tinha acabado de mandar um e-mail para a agência, pedindo para agendarem o meu voo de volta para o Brasil e eles responderam dizendo que tinha uma família com o meu application e eles queriam conversar comigo.

Minhas esperanças já estavam acabando, mas eu pedi para eles mandarem o perfil da família. Quando eu li que eram 3 crianças, eu já quis recusar. Decidi esperar a família me ligar e falar mais sobre eles e etc. O pai me ligou e ele foi muito legal, me falou sobre as crianças, sobre a cidade, sobre driving, o que eles esperavam do au pair e etc, depois de pensar bastante e pesquisar sobre a cidade, eu decidi aceitar e eles decidiram ME
aceitar.

Agora, estou morando em Salt Lake City - Utah, tudo MUITO diferente da East Coast! A cidade é grande, mas é bem parada. A maioria das pessoas gostam de fazer coisas outdoors, biking, hiking, etc. Eu ando de bicicleta de vez enquando, not the biggest fan, mas às vezes é bom andar de bicicleta por aí. As crianças... são crianças, nunca é fácil.

Estou cuidando de duas meninas (11 e 8) e um menino (5). Eles ficam na escola a maior parte do dia, ainda bem. Quando saem da escola, tenho que ajudar com o homework e cada dia eles têm uma atividade diferente: swimming, sewing e soccer. Geralmente, depois de chegar dessas atividades, os pais já estão em casa, então, eu estou off. A maioria dos finais de semana, eu também estou off, a não ser que eles estejam de plantão.

Já faz um mês que eu cheguei aqui, e eu percebi que me adaptei bem rápido, muito mais rápido do que a primeira vez. Já aprendi onde é a escola, natação, biblioteca, onde são os jogos de futebol e etc., thanks God.

Bom, esse post já está bem grande, vou tentar voltar aqui mais vezes. Tenho que contar sobre a camping trip para Teton e Yellowstone National Park! :)

4 de julho de 2011

La cabeza es redonda, para que el pensamiento pueda cambiar de dirección

Quando eu vi essa frase que está no título, desejei que a minha cabeça fosse quadrada, juro! Meus pensamentos sempre mudam, ao mesmo tempo que eu quero uma coisa, 3 horas depois eu já não quero mais e não é fácil ser assim. Queria muito ser mais decidido, parece que algumas pessoas tomam decisões tão facilmente. (Un)fortunately a vida é feita de decisões e não tem como evitá-las.

Pois então, o ano de au pair que parece não ter fim, com muitas 45 horas que parecem 45 mil, choros, gritos, fraldas, papinha e etc, TEM fim, SIM! E ele chega tão rápido, que é assustador. O final do meu ano já está chegando, como o contador ali de baixo faz questão de me lembrar.

Pelo o que eu tenho visto, quando está na hora da au pairzada ir embora, ninguém quer 100% ir embora, dá uma saudadezinha de tudo por aqui, das amizades e dos momentos, o que é normal. Acho que é nessa hora, que alguns entram em pânico, por não saberem o que fazer, e a pergunta que inferniza é "estender ou não?".

Eu, que contava os dias para ir embora e cantar "the dog days are over, the dog days are gone", já não tenho mais essa certeza. Foi aí, que faltando um mês para eu ir embora, decidi mandar meus papéis da extensão para ver no que daria.

O meu ano era para acabar em Setembro, mas minha host family precisa que eu vá embora antes, porque o outro au pair vai chegar, então, a agência entendeu essa situation e deixou eu mandar tudo em cima da hora mesmo.

Mandei tudo na sexta de manhã, todo sem esperança, achando que nenhuma família iria se interessar e que eu iria embora. Quando fui abrir meu e-mail, já tinha uma família lá. ASSUSTADOR!

Estou trocando e-mails com ela (single mom) desde então. Não estou in a hurry at all. Ainda mais que é a primeira família, no meu primeiro dia online. Vamos ver como as coisa caminharão, se não der certo com nenhuma família, não deu. Confesso que ainda estou naquelas "será que é a decisão correta?", mas meu application está lá! Let's wait and see...

19 de maio de 2011

Oi?

Nossa, eu fico impressionado com a minha capacidade absurda de atualizar esse blog toda semana - not.

Os dias por aqui estão normais, ou quase, nada é muito normal nessa vida de Au Pair. Estou me sentindo bem cansado nesses últimos dias... Um pouco (ou talvez muito) de saco cheio.

Não faltam muitos dias para acabar o meu ano com essa família e já me dá um pouco de desespero, por não saber se eu quero tentar extender com outra família ou não, e com TODA A CERTEZA DO UNIVERSE, eu vou sentir muita falta dessas crianças que me tiram do sério todos os dias!
Mudo de opinião TODOS os dias, ao mesmo tempo que eu estou completamente fed up e quero voltar para a minha casa, eu também quero ficar mais um tempo aqui. Decisions... Nunca fui bom com elas!

Eu ainda tenho mais 3 créditos para completar antes de preencher os papéis da extensão e o curso será em Junho. Depois do curso eu ainda tenho que esperar eles me mandarem a completion letter. Se eu for mesmo pedir extensão, o tempo para aparecer outra família será BEM curto, apenas um mês. Segundo a agência, mesmo depois de ter me inscrito, se eu decidir ir embora, eles pagarão a passagem. Já perguntei DUAS vezes e espero que eles estejam dando a informação correta.

Talvez eu preencha os papéis da extensão, para ver se aparecerá alguma família que é do meu interesse, é melhor tentar, para depois não ficar arrependido e falando "ah, eu deveria ter pelo menos tentado".

Ok, vamos deixar essa decisão para depois, como sempre, e vamos falar de coisa boa!

Eu fui para Washington, DC, finalmente! A cidade é linda, vááááários monumentos em todos os lugares! Eu fui com a Natália (au pair em Connecticut). Nós saimos no sábado à tarde e fomos para NY, para pegar o onibus da MegaBus, não foi das piores viagens de onibus.

Nós ficamos em um hostel, foi a primeira vez que eu fiquei em um hostel, até que foi melhor do que eu esperava e o lugar era mais limpo do que eu imaginava. Claro que não é super legal você dormir com 6 pessoas que você nunca viu na vida e eu tinha medo de roubarem a minha mala! Mas nada aconteceu e deu tudo certo! :) O hostel chama Capitol View.



DC é bem legal e tem MUITAS coisas para conhecer! O ruim é: tudo longe. Eu e a Natália andamos uns 30km durante esses dias que ficamos lá, à noite eu ficava tão cansado que teve um dia que eu dormi sem terminar de escrever uma txt no celular!

Algumas vezes nós usamos o Metro, é ótimo! Bem fácil de usar também, é tudo sinalizado direitinho e não é caro.

And that's all! Assim que eu tiver mais alguma novidade, eu volto!

11 de abril de 2011

E eu sumi, mais uma vez…

Well, well, well, não dizem que o bom filho, à casa torna? Guess what?! Voltei para a família de NJ! E não é pegadinha do malandro!

O que aconteceu na Flórida foi o seguinte, vou contar os fatos:

- Eu estava realmente meio quieto no começo, o que para mim, é completamente normal, você não vai morar na casa de alguém que NUNCA viu na vida, fazendo festa, gritando, rindo alto, então eu estava ficando na minha, conhecendo a família, o território e etc. Eles cobravam sempre de mim para falar mais, o problema é que eles nunca calavam a boca durante o jantar e o que eu tinha que fazer é pensar em algumas perguntinhas bestas sobre qualquer que fosse o assunto que eles estivessem conversando, até aí, tudo bem, achei que isso iria passar com o tempo e fiquei tranquilo porque ELA também disse a mesma coisa. Ok.

- Direção: eu não dirijo bem, não vou mentir. Eu moro no interior de São Paulo e a gente divide as ruas com carroças, então dirigir lá é a mesma coisa que não dirigir e mesmo assim, eu dirijia super pouco lá. Aqui em NJ eu moro em um lugar super remoto, só tem essa road 513, não tem faixas, não tem nada… E eu nunca tive que pegar a highway porque sempre que penso em ir no shopping, minha host também vai, ou faz algo lá perto e me deixa lá. Cheguei na Florida e ela tinha uma Land Rover, ok, né? Fui dirigir e ela viu que eu não era muito bom, mas disse que eu tinha ido bem e tal. Continuei dirigindo com ela durante a semana e ela sempre falando que eu estava melhorando e tudo mais. Ela me colocou em um curso de direção também, de 6 horas, ela disse que era bom para eu aprender o caminho parar levar o menino pro baseball, eu achei ótimo, gostei das aulas, só não gostei do primeiro professor, os outros 2 foram ótimos e realmente fiquei melhor em mudar de faixas. Ok.

- Em um sábado, pessoas chegaram para ver a casa. A host estava lá, eu e o menino. A casa já estava para vender desde o dia que eu cheguei lá, ela nunca fez questão de me falar que era para sair lá fora com o menino quando alguém chegasse para ver a casa. Eu não sai, só sai quando ela foi sair também e pediu para o menino me chamar e falou que era para nós dois sairmos lá for a e jogar baseball. Mesmo depois disso acontecer, ela ainda não falou NADA, não me falou o que era para fazer na próxima vez nem NADA. Ok.

- Lição de casa: o menino mente sobre a lição de casa. Eu pergunto: “tem que fazer isso?”, ele: “não”, eu: “tem certeza? Não quero que sua mãe brigue com a gente depois que ela chegar e ver que você não fez.”, ele: “sim, eu nunca faço isso, pode perguntar para ela, quando ela chegar.”. Não tinha como eu advinhar se ele estava falando a verdade, eu estava lá fazia pouco tempo e toda vez que ela chegava, tinha alguma coisa incompleta. Ela nunca me falou nada, nunca explicou melhor e etc.

Ela nunca chegou para mim para falar N-A-D-A desses problemas, e eu achei que era normal acontecer isso, eu estava lá faziam duas semanas, não tinha como entrar na rotina já sabendo de tudo. MAAAAS do nada… a coordenadora me liga e me conta que ela já estava fazendo várias reclamações sobre mim (sobre t-o-d-a-s as coisas que eu expliquei ali, até de não sair de dentro da casa), fiquei chocado, porque eu sempre achei que se tivesse algum problema, antes de conversar com a coordenadora, ela iria falar comigo, não foi o que aconteceu.

Durante a conversa com a coordenadora, ela me perguntou sobre a família de NJ e tal, e eu disse que estava triste de ter saido daqui, ainda mais porque eles ainda não tinham conseguido outra pessoa e tudo mais, até chorei. A coordenadora disse que se eu estava me sentindo pior na Flórida, era melhor tentar mandar um email para a família de NJ e ver como as coisas estavam por aqui e talvez perguntar se eles me aceitavam de volta. Essa ligação foi na quinta-feira.

Na sexta-feira, a host falou que era para eu passar no escritório dela para assinar um papel da agência que a gente já deveria ter mandado e buscar o meu pagamento. Eu fui, de bicicleta, pensando em tudo o que estava acontecendo e tal. Quando cheguei para conversar com ela, ela me pagou, assinamos os papéis da agência e depois ela falou “ah, a coordenadora te ligou ontem, né? Como foi a conversa?”, eu falei a verdade, disse que a coordedora tinha me contado tudo e que eu estava tentando melhorar. Ela disse que estava preocupada com o negócio da direção e não sei o que, por fim disse que iria me dar o final de semana para pensar e ver se eu realmente queria ficar lá.

Na volta, fiquei mal por ela ter falado desse jeito e assim que cheguei, já mandei email pra família de NJ. Trocamos emails durante o final de semana todo, eles me aceitaram de volta, falamos do horário e host de NJ ficou bem preocupada.

Segunda-feira eu disse que não iria ficar lá e a única coisa que a host da Flórida me disse foi “Oh, ok. The grass is not always greener on the other side, huh? That’s a big one in the USA.”.

Fiquei duas semanas na casa dela, AINDA bem que ela me tratou super normal! Depois dessas duas semanas, lá estava eu dando um Adeus para a Florida e embarcando de voltar para NJ, onde eu estou ever since.

Continua no próximo post. Esse já está muito grande! :)

26 de fevereiro de 2011

Mudaram as estações...

...nada mudou Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim, tão diferente.

Pois é, mudanças aconteceram, coisas importantes já passaram e eu deveria ter escrito tudo aqui e como não fiz isso antes, vou fazer agora.

Depois de muito pensar, repensar e reclamar, eu pedi rematch. Também não sei até hoje de onde eu tirei toda a coragem que eu tive para enfrentar isso, quem já passou por rematch sabe que não é nada legal, e você fica a ver navios, sem saber o que vai acontecer com você, para onde você vai? Quanto dinheiro vai precisar? Vai voltar para o Brasil? Não dá para saber NADA durante o seu tempo de rematch.

Para que eu faça as coisas, tenho que colocar uma data, e foi assim que eu decidi quando iria pedir rematch. Disse que iria ser em um domingo e realmente foi. Nesse domingo, eu sai durante o dia todo com a Luana e com a Ariane, nós fomos assistir Disney on Ice e em um shopping. Tentei não ficar pensando em como seria quando eu chegasse de volta na casa da família, mas durante o dia não tinha como não pensar e a gente sempre acabava falando disso.

Quando a Luana me deixou na casa deles, eu já estava tremendo e morrendo de ansiedade. Quando eu abri a porta, já dei de cara com a minha host e todo mundo estava na cozinha, falei um oi super rápido, ela perguntou como tinha sido meu dia e eu disse que tinha sido bom, depois disso eu subi para o meu quarto e fui falar com a minha mãe, ainda não sabia como iria perguntar para a minha host qual era o melhor horário para conversar com ela e como eu iria falar sobre rematch.

Quando eu desci para perguntar quando podia falar com ela, ela disse "now". GELEI. Mas resolvi falar tudo, disse que não estava dando certo para mim, que o trabalho era muito, falei também falei da minha dor nas costas que não estava passando e que eu não me sentia bem lá. Por incrivel que parece, ela não gritou, não me xingou, ficou calma, uma reação totalmente inesperada, porque eu tinha certeza que ela iria me falar várias coisas ruins. Ela disse que se eu estava me sentindo daquele jeito, era melhor eu tentar conseguir outra família.

Depois da nossa conversa, eu fui para o meu quarto mandar um e-mail para a coordenadora. Ela respondeu 1 hora depois, dizendo que na segunda-feira, eu iria ouvir uma resposta da agência sobre tudo isso. Na segunda-feira, minha host ligou para a agência e na terça-feira, nós assinamos o papel do rematch.

Durante TODOS os dias que eu fiquei na casa deles, o clima estava muito melhor do que antes, nós estavamos conversando melhor, ela estava mais legal, eu estava mais aberto, não sei porque isso aconteceu, mas aconteceu.

A despedida foi péssima! Ela mandou fazer vários cupcakes e eles formavam as palavras "good bye". No dia que ela me deixou no aeroporto também foi de cortar o coração, péssimo MESMO. Eu reclamava muito de lá e realmente o trabalho lá era muuuuito mais do que é aqui, mas morei lá 5 meses e não consigo não sentir falta deles.

Fiquei muito mal porque o menino que ia ficar no meu lugar, fez a maior palhaçada com eles, disse que ia ficar, sabia como era o trabalho, tinha ido lá antes e do nada chegou pedindo final de semana off, sendo que ele sabia que iria trabalhar de sábado. Foi super grosso com a minha host e ela me contou chorando. Resultado: claro que ela não quis ficar com ele, já tinham assinado o contrato e tudo. A agência disse que ele não ia ter a oportunidade de outro rematch e que teria que voltar. Para nós, eu e minha previous host, ele não voltou, porque já tinha uma namorada em Elizabeth - NJ e tudo mais. Eu acho que ele tem problemas psicológicos, sei lá... Mas fiquei impressionado ao ver como a minha host conseguiu suportar toda a situação, porque o menino ficava na casa deles quase o dia todo, mesmo depois de tudo isso acontecer, porque eles eram responsáveis pelo idiota.

Agora eles estão sem au pair e ela está se virando nos 30 para dar conta de tudo. Querendo ou não, boa parte disso tudo é minha culpa. Eles entraram na agência por mim, eu disse que ia ficar um ano e não fiquei, então é minha culpa sim e não adianta pensar que não é.

Eu cheguei em Melbourne - FL, na terça-feira, dia 15. Está tudo BEM estranho, tenho flashes de arrependimento, não é fácil começar tudo de novo. O trabalho aqui é bem menos, como eu disse, aqui é só um menino de 8 anos que faz a maioria das coisas sozinho, só preciso ficar em cima para ver se ele realmente vai fazer. Mas confesso que sinto muita falta da outra família e não sei como as coisas vão ficar por aqui, estilo de vida completamente diferente, mudou tudo m-e-s-m-o, até o clima! Nem lembrava mais desse calor todo!

Aqui também já aconteceu uma coisa que não foi nada legal. O noivo dela já foi grosso comigo enquanto a gente estava em um boat show em Miami. Fiquei com o menino o dia todo, sem combinar horário, fiquei correndo atrás dele o tempo todo, enquanto a mãe e o noivo andavam sozinhos. Quando eram umas 6 pm, eu disse para o menino que era melhor a gente ficar perto da mãe dele agora. Achamos eles e eu disse que a gente ia ficar por perto agora para ir embora depois e tal. O menino subiu em um kayak e eu não vi, o noivo dela apareceu de nowhere, falando quase encostado no meu rosto que ele já estava ficando nervoso, porque queria ver as coisas e o menino estava atrapalhando, era para eu fazer alguma coisa e ele finalizou com um "show me what you've got". Eu sabia que iria para trabalhar, sou au pair, né? Mas como a gente não tinha combinado nada sobre horários, ele poderia ter faldo comigo de uma maneira diferente.

Sim, eu sei que todos passam por problemas, é a vida. E também sei que tenho que ver os pontos positivos daqui e são vários, menos trabalho, mais tempo off, agora tem tv, etc., mesmo assim, alguns dias eu só sinto vontade de ir embora.

Vamos ver como as coisas vão ficar por aqui, porque é tudo muito recente ainda...

PS - Eu sei que o post ficou enorme, mas eu tinha que contar tudo de uma vez antes de sumir de novo. :)