11 de abril de 2011

E eu sumi, mais uma vez…

Well, well, well, não dizem que o bom filho, à casa torna? Guess what?! Voltei para a família de NJ! E não é pegadinha do malandro!

O que aconteceu na Flórida foi o seguinte, vou contar os fatos:

- Eu estava realmente meio quieto no começo, o que para mim, é completamente normal, você não vai morar na casa de alguém que NUNCA viu na vida, fazendo festa, gritando, rindo alto, então eu estava ficando na minha, conhecendo a família, o território e etc. Eles cobravam sempre de mim para falar mais, o problema é que eles nunca calavam a boca durante o jantar e o que eu tinha que fazer é pensar em algumas perguntinhas bestas sobre qualquer que fosse o assunto que eles estivessem conversando, até aí, tudo bem, achei que isso iria passar com o tempo e fiquei tranquilo porque ELA também disse a mesma coisa. Ok.

- Direção: eu não dirijo bem, não vou mentir. Eu moro no interior de São Paulo e a gente divide as ruas com carroças, então dirigir lá é a mesma coisa que não dirigir e mesmo assim, eu dirijia super pouco lá. Aqui em NJ eu moro em um lugar super remoto, só tem essa road 513, não tem faixas, não tem nada… E eu nunca tive que pegar a highway porque sempre que penso em ir no shopping, minha host também vai, ou faz algo lá perto e me deixa lá. Cheguei na Florida e ela tinha uma Land Rover, ok, né? Fui dirigir e ela viu que eu não era muito bom, mas disse que eu tinha ido bem e tal. Continuei dirigindo com ela durante a semana e ela sempre falando que eu estava melhorando e tudo mais. Ela me colocou em um curso de direção também, de 6 horas, ela disse que era bom para eu aprender o caminho parar levar o menino pro baseball, eu achei ótimo, gostei das aulas, só não gostei do primeiro professor, os outros 2 foram ótimos e realmente fiquei melhor em mudar de faixas. Ok.

- Em um sábado, pessoas chegaram para ver a casa. A host estava lá, eu e o menino. A casa já estava para vender desde o dia que eu cheguei lá, ela nunca fez questão de me falar que era para sair lá fora com o menino quando alguém chegasse para ver a casa. Eu não sai, só sai quando ela foi sair também e pediu para o menino me chamar e falou que era para nós dois sairmos lá for a e jogar baseball. Mesmo depois disso acontecer, ela ainda não falou NADA, não me falou o que era para fazer na próxima vez nem NADA. Ok.

- Lição de casa: o menino mente sobre a lição de casa. Eu pergunto: “tem que fazer isso?”, ele: “não”, eu: “tem certeza? Não quero que sua mãe brigue com a gente depois que ela chegar e ver que você não fez.”, ele: “sim, eu nunca faço isso, pode perguntar para ela, quando ela chegar.”. Não tinha como eu advinhar se ele estava falando a verdade, eu estava lá fazia pouco tempo e toda vez que ela chegava, tinha alguma coisa incompleta. Ela nunca me falou nada, nunca explicou melhor e etc.

Ela nunca chegou para mim para falar N-A-D-A desses problemas, e eu achei que era normal acontecer isso, eu estava lá faziam duas semanas, não tinha como entrar na rotina já sabendo de tudo. MAAAAS do nada… a coordenadora me liga e me conta que ela já estava fazendo várias reclamações sobre mim (sobre t-o-d-a-s as coisas que eu expliquei ali, até de não sair de dentro da casa), fiquei chocado, porque eu sempre achei que se tivesse algum problema, antes de conversar com a coordenadora, ela iria falar comigo, não foi o que aconteceu.

Durante a conversa com a coordenadora, ela me perguntou sobre a família de NJ e tal, e eu disse que estava triste de ter saido daqui, ainda mais porque eles ainda não tinham conseguido outra pessoa e tudo mais, até chorei. A coordenadora disse que se eu estava me sentindo pior na Flórida, era melhor tentar mandar um email para a família de NJ e ver como as coisas estavam por aqui e talvez perguntar se eles me aceitavam de volta. Essa ligação foi na quinta-feira.

Na sexta-feira, a host falou que era para eu passar no escritório dela para assinar um papel da agência que a gente já deveria ter mandado e buscar o meu pagamento. Eu fui, de bicicleta, pensando em tudo o que estava acontecendo e tal. Quando cheguei para conversar com ela, ela me pagou, assinamos os papéis da agência e depois ela falou “ah, a coordenadora te ligou ontem, né? Como foi a conversa?”, eu falei a verdade, disse que a coordedora tinha me contado tudo e que eu estava tentando melhorar. Ela disse que estava preocupada com o negócio da direção e não sei o que, por fim disse que iria me dar o final de semana para pensar e ver se eu realmente queria ficar lá.

Na volta, fiquei mal por ela ter falado desse jeito e assim que cheguei, já mandei email pra família de NJ. Trocamos emails durante o final de semana todo, eles me aceitaram de volta, falamos do horário e host de NJ ficou bem preocupada.

Segunda-feira eu disse que não iria ficar lá e a única coisa que a host da Flórida me disse foi “Oh, ok. The grass is not always greener on the other side, huh? That’s a big one in the USA.”.

Fiquei duas semanas na casa dela, AINDA bem que ela me tratou super normal! Depois dessas duas semanas, lá estava eu dando um Adeus para a Florida e embarcando de voltar para NJ, onde eu estou ever since.

Continua no próximo post. Esse já está muito grande! :)