26 de dezembro de 2010

E então é Natal...



E o que você fez? Eu fiquei na depressão! Nunca vi um Natal TÃO sem cara de Natal na minha vida toda! Que coisa mais chata! A família que eu estou, não fizeram nada, iam sair para ir à missa e jantar e nem isso fizeram, todo mundo doente. Não jantamos juntos no dia 24, cada um comeu em um horário e era comida esquentada.

No dia 25, eles abrem os presentes, achei que iriam fazer isso de manhã e eles fizeram às 2 da tarde, bem sem graça também, não foi nada de mais. Eu ganhei um casaco dos hosts e dos pais da host eu ganhei 50 doláres, já é bom para quem não esperava nada, sério, eu achei que não ia ganhar nada. Eu só comprei coisas para as crianças, não tive tempo de comprar para os hosts, no dia que a gente foi no shopping e eu estava OFF, eu tive que ficar com a menina mesmo assim, a mãe não dava conta de olhar ela e o neném juntos.

Na verdade, eu merecia ganhar o que ganhei, sempre ajudo eles no meu horário off, não é porque eu quero, é porque não tem outra solução... Nesse dia do shopping, eu estava off, mas o bebê fez um escandalo na loja e eu tive que andar nas lojas junto com a menina, e ela não contou essas horas como horas trabalhadas. Não é a primeira vez que isso acontece.

Hoje eles iam viajar, cancelaram a viagem por causa da neve, que eu não vi até agora. Por causa da viagem, eu não sabia o meu horário, tive que acordar de manhã, o marido não sabia meu horário e ela ainda estava dormindo, comecei a trabalhar, né? Ela desceu e falou "como não vamos viajar hoje, você pode ficar off, vai ser o seu dia off dessa semana". Eu já estava trabalhando a 1h e 30min, esse vai ser o meu "dia off" dessa semana.

A viagem ficou para amanhã e eu já estou esperando o pior porque eu sei que essa semana não vai ser fácil... Vou acabar trabalhando o dia inteiro e ela ainda me vem com o papo "I hope you have fun while we are there", aham, senta lá, Claudia!

Já fui logo perguntando se tinha internet lá, porque eu acho que é o que eu vou ficar fazendo, ainda bem que tem! :)

Vou post de novo quando eu já estiver lá!

Novidade: Agora eu também vou postar no O Blog das 30 Au Pairs, não esqueçam de entrar lá!

14 de dezembro de 2010

Finders keepers, loosers weepers.

Quando eu ainda estava no Brasil, a última coisa que me preocupava era ter amigos aqui nos EUA. Eu nunca fui uma pessoa cheia de amigos no Brasil, eu tinha poucos e bons amigos. Não achei que seria um problema ter poucos amigos aqui também… E eu não sei o porquê, mas pensava que eu logo teria alguém aqui que fosse ser um BFF (best friend forever), isso não faz parte da minha realidade.

Você pode achar que fazer amigos aqui não será problema, como eu, mas é melhor ficar esperto. Sigam a dica que a Monick deu, procure TUDO sobre a cidade que você vai morar, comece a procurar pessoas que moram PERTO ou que moram na sua cidade, os lugares para procurar são vários, use o Orkut, Facebook, etc, mas procure!

E você, está ai falando para a gente fazer isso, não fez e agora está aí, morrendo de depressão? Eu fiz, pesquisei, encontrei. Tem uma brasileira que mora na minha cidade, sai com ela uma vez, ela é legal, mas gosta de passar o tempo com a host family dela, nunca mais respondeu as minhas mensagens. Tem uma alemã aqui, nunca pode sair quando eu posso, moramos no mesmo buraco de cidade e eu nunca vi ela. Os au pairs do meu cluster moram todos 40 min - 1h daqui, ninguém mora mais perto que isso, então… I’m alone.

Ficar sem amigos aqui é BIG DEAL. Amigos serão a sua “família” aqui - não fique esperando suporte da sua host family quando você estiver morrendo de chorar de homesick, eles têm os problemas deles - e believe it or not: eles podem até perguntar o que tem de errado com você, você pode dizer que está homesick, o que eles vão falar é “Oh… I’m sorry”. (Sorry aqui é uma palavra que eles aprendem desde pequenos, falam sorry para tudo, mas não quer dizer que eles realmente estão sorry, ok? É uma coisa automática, às vezes eu achava que iria falar “hi, how are you?” e já iria escutar um “sorry”).

Eu pensei que teria amigos aqui, que eu ia conseguir sair sempre com eles, que eu iria morrer de rir todos os finais de semana e isso iria fazer com que tudo fosse mais fácil, again, me enganei. Tenho amigos aqui, mas moram 1 hora de distância, não é uma coisa que dá para fazer todo final de semana. Na verdade, eu assisti o mesmo vídeo que a Monick comentou, e vou deixar o link aqui para vocês.

Não assisti só esse vídeo, assisti vários outros, de várias pessoas que têm vários amigos, porque escolheram bem o local e tiveram MUITA sorte de achar super amigos por perto! Eu esperava ter a mesma sorte.

Para muitos, o vídeo vai parecer banal, idiota, sem sentido, nem todos vão entender o que a gente sentiu quando assistiu.

Finders keepers, looser weepers: O título do post é um ditado em inglês e a minha dica é: se você encontrar um amigo aqui, keep it. Ou você irá “weepar”, como eu.

Vídeos:



30 de novembro de 2010

E ai? O que aconteceu?

Olá! Resolvi aparecer para dar algumas explicações... Vou postar a mesma coisa que eu escrevi no Orkut, porque é isso que está acontecendo.

Não estou feliz ainda, não pedi rematch, vou contar o porquê: Eu fui fazer o written test da DL, não passei no exame de visão e nem no exame escrito e a mulher do negócio lá disse que agora eu ia ter que fazer o road test também. Fiz minha host ligar no seguro e perguntar se eles aceitavam só a PID, ela ligou e eles aceitam.

No site do DMV de NJ diz que se você não está nos EUA para trabalhar ou estudar, você pode dirigir com a sua permissão internacional por um ano. Olhando pelo ponto de vista que o nosso visto é exchange visitor, não estamos aqui trabalhando e nem estudando, é intercambio.

Depois que não passei no exame de visão, fui no oculista, 150 a consulta + 320 do óculos = dinheiro que eu estava guardando para pedir rematch, no caso de não conseguir outra família e ter que pagar a passagem para voltar.

Agora que isso já aconteceu, não tenho mais o dinheiro que eu queria guardar antes de pedir o rematch...

As coisas melhoram aqui? Não. Estou mega infeliz e minha host continua falando algumas coisas que me deixam triste. Eles não são horríveis comigo, mas ela fala certas coisas que não dá...

Um dia disse que era para eu não beber o leite da caixa porque era muito caro, falou isso de manhã, tinha acabado de ver ela. Agora ela nem compra mais o leite de caixa.

No Thanksgiving, ela me deu o dia off. Os pais e o irmão dela estavam aqui, já tinha gente de mais para ajudar e eu resolvi descer só na hora que já estava pronto. Ela me falou "estava tão ocupada, quase bati na sua porta", por educação eu disse que ela deveria ter batido, ela falou assim "é, eu deveria ter batido, porque enquanto eu estava ocupada, você estava hibernando no seu quarto", ela riu, eu não achei graça nenhuma, dei uma risada SUPER sem graça...

Não é só por isso que eu quero sair daqui, eu não me sinto bem aqui, estou infeliz, não me sinto bem nessa casa, o trabalho está sendo muito dificil para mim e não é isso que eu quero para um intercâmbio. A culpa é minha mesmo, por ter tomado a decisão de aceitar essa família e tal, pelo menos isso vai servir de lição.

Por que eu ainda estou aqui? Porque vou ter que ficar, tenho que ficar até Janeiro, para ter dinheiro. Depois não sei o que vai ser... Ainda estou sem rumo, sem tomar uma decisão concreta, por enquanto, só espero os dias passarem, rezando para que acabem logo...

30 de outubro de 2010

Os dias passam, o sentimento é o mesmo...



Olá! Tudo bem com vocês?

A promessa de postar com mais frequencia eu não consegui cumprir, mas pelo menos não abandonei de vez...

Eu também não quero vim aqui, ficar escrevendo um monte de coisas infelizes e desanimar as pessoas que ainda querem fazer esse programa, então, "se você não tem nada de bom para falar, não fale nada".

Já fazem 45 dias que eu cheguei na casa da família, e eu ainda sinto vontade de sair daqui todos os dias. Conversei com algumas meninas na comunidade de Au Pair lá no Orkut (aliás, tem muita gente legal naquele confessionário, já conheci pessoas ótimas), algumas me disseram que talvez essa vontade de voltar embora não acabe enquanto eu não pedir rematch e tentar ser feliz com outra família.

Na verdade, eu não sei o que fazer... Eu tenho vontade de ficar aqui nos EUA, isso é uma coisa que eu SEMPRE quis, mas não quero ficar infeliz. Tem dias que eu penso que consigo ficar aqui, no mesmo dia, depois de umas 3 horas, eu já quero sair correndo.

Não consigo descrever tudo o que eu sinto, além de tristeza, não me sinto bem na casa deles, não me sinto bem para ficar lá com eles conversando sobre coisas que não sejam relacionadas aos filhos, nem sei se eles querem que eu faça isso. Eu acho que não temos os mesmos gostos, um exemplo: eu adoro tv e filmes, na casa deles não tem tv e eles nunca vão ao cinema. Não ter tv na casa era apenas um detalhe, enquanto eu estava no Brasil.

O que eram simples detalhes enquanto eu estava na minha casa, viraram problemas quando eu cheguei aqui (não ter tv, por exemplo). Não sei se mais pessoas sentiram isso, mas quando você está longe de TUDO, qualquer coisa pode te deixar mal.

Uma coisa boba, mas como eu disse: os detalhes aqui, não são detalhes, quando eu vou atender o telefone, ela fala que é para eu atender o telefone e falar "residencia dos xxxxx", como assim, gente? Aqui não é para ser "a minha casa"? Por que eu tenho que atender o telefone como se fosse um mordomo?

Bom, vamos falar de coisa boa, pelo menos um pouquinho? Vamos falar da iogurteira TopTherm, HAHAHAHA. Brincadeira! Então, já conheci algumas pessoas do Brasil aqui, não moram perto, porque em NJ não tem nada perto, só mato mesmo, já gostei das pessoas que eu conheci aqui! Eu até me sinto bem quando eu saio, mas na hora de voltar embora, quando eu vejo que está chegando perto da casa... a tristeza entra dentro de mim.

Outra coisa que eu espero que seja boa: amanhã eu vou para NY, no Madame Tussauds (museu de cera), vou com a minha coordenadora e mais uma menina do grupo (o povo é meio antipático e nunca vai nos encontros). A minha coordenadora é adorável, no dia que ela veio me visitar, falou que adora o Brasil, que sempre vai para o Rio de Janeiro. Eu dei um sabonete da Natura para ela, ela adorou, disse que sempre compra dessa marca e adora os produtos.

Por hoje é só isso... as coisas não mudaram muito e eu ainda não sei se devo pedir rematch ou não. Volto assim que eu tiver mais novidades!

10 de outubro de 2010

I'm back!

Olá! Como vocês estão?

Bom, acho que como vários outros au pairs, eu acabei abandonando o blog, mas não foi por pura preguiça de vim aqui e escrever, não. Eu tenho vários motivos e vou contar para vocês tudo que aconteceu até hoje.

Para começar, eu não tinha computador, eu estava usando o da família quando não tinha ninguém usando, eles disseram que eu podia fazer isso, mas era terrível, como o computador fica no meio da casa, a menina de 2 anos sempre vinha comigo, eu sei que ela não entendia que eu estava off, mas como aquele era o computador que ela brinca, ela sempre queria ficar clicando em alguma coisa, era bem ruim, fora a bagunça que eles fazem. Mas agora eu comprei um laptop e vou ficar pobre f-o-r-e-v-e-r, pelo menos comprei!

Não dava para ficar sem, aqui eles não têm tv, a tv que tem na casa é para as crianças assistirem DVD, não tem tv a cabo, não pega NENHUM canal, eu estava quase morrendo de tédio, porque eu não posso dirigir ainda, não estou indo para lugar nenhum e no meu dia off, eu não tinha NADA para fazer.

Os dias para mim não estão sendo nada fáceis, eu já pensei em rematch, já até falei com a coordenadora, mas na minha agência tem uma palhaçada que você não pode sair da família antes de completar 60 dias na casa deles, ou você tem que devolver o dinheiro que eles pagaram da sua passagem para vir do Brasil e se não conseguir outra família em duas semanas, tem que pagar a passagem de volta pro Brasil, ou seja, 2 passagens, e eu não tinha o dinheiro - continuo não tendo agora que comprei o laptop, hahahaha.

Os pais não são o meu problema, de maneira nenhuma, eles até são bons, mas o problema é que eu não estou dando conta das crianças. Eles têm um filho de 7 anos que tem paralisia cerebral, uma menina de 2 anos e um bebe que nasceu umas 3 semanas atrás. Claro que eu tinha uma idéia que não seria nada fácil aqui, mas tem sido pior do que eu já imaginava que seria, e ter uma "idéia" é bem diferente de "vivenciar". Ter que levantar o menino de 7 anos várias vezes por dia está fazendo as minhas costas doerem muito, também não é fácil lidar com ele durante o dia, e se não está sendo fácil agora que eu só tenho que cuidar dele e da menina, imagina quando eu tiver que cuidar do baby também...

E o que eu decidi? Eu vou TER que ficar esses 60 dias, de qualquer forma, acho que vai ser o tempo necessário para saber se eu realmente quero ficar aqui ou não, então eu não decidi nada, vou esperar esse tempo passar e ver o que eu faço. Eu não queria voltar para o Brasil, mas se eu continuar do jeito que eu estou, também não quero ficar com eles. Se eu pedir rematch, as chances de voltar para o Brasil são enormes, porque eu sou homem, a minha agência é um saco sem família, então tenho que pensar bem antes de tomar qualquer decisão.

Acho que esse post já ficou bem grande, mas agora eu vou voltar aqui com mais frequencia, so... see you later, alligator!

19 de setembro de 2010

Primeiro dia na casa da host family

O meu primeiro dia na host family foi no dia 16/09/2010, na quinta-feira. Como eu estava em um hotel em NYC por causa do treinamento e nao e' muito longe da casa deles, o host father foi me buscar. Como eu nao tinha nada para falar com ele e ele tambem nao tinha muito o que falar comigo, nao conversamos muito. Ele ja' me entrgou o celular que eles me deram, dentro do carro. Conversamos sobre algumas coisas e depois de quase 1:30h, nos chegamos.

A host me deu um abraco e a outra menina que trabalha aqui tambem, me mostraram a casa um pouco e depois a gente comeu um sanduiche con carne. Quando eu terminei, fui para o meu quarto ver o que eu ia fazer com as minhas coisas, ja' arrumei algumas coisas, mas nem sei onde colocar a minha mala. Eu ja' meio que trabalhei. Na sexta-feira eu trabalhei das 3 `as 7, se eu nao me engano, sabado eu tive off, mas como nao posso dirigir e nao conheco ninguem por aqui, tive que ficar o tempo todo dentro da casa. Hoje (domingo) eu trabalhei o dia todo, 10 horas! Estou bem cansado, mas estou aqui perto deles para usar o computador - ainda nao tenho um.

Se eu estou gostando? Nao. Nao sei se e' alguma coisa temporaria ou se eu realmente nao vou me adaptar, eu espero que nao seja isso. Vamos ver como os proximos dias vao ser...

17 de setembro de 2010

Ja estou nos EUA!

Siiim, ja estou nos EUA - e sem acentos.

O treinamento da minha agencia e' em NY, foi otimo, porque a gente conhece pessoas de varios lugares, nao tinha ninguem do Brasil, so' eu, mas foi tudo bem :)

Eu cheguei na casa da familia ontem, eles me mostraram tudo, eu entreguei os presentes, brinquei um pouco com as criancas e eles ja me deram um celular, o que eu achei otimo, claro!

Hoje eu vou trabalhar a tarde, acho que vou comecar as 3. Ainda nao sei como vou me sair - depois eu venho aqui para contar.

Esse post vai ser bem pequeno, porque eu nao estou afim de escrever muito... :(

5 de setembro de 2010

Última semana no Brasil. WHAT?

Essa é a minha última semana nessa terra do canarval, animação total, chiiiiicleeeete, oba, oba! Ainda não dá para acreditar que eu só tenho UMA semana aqui! Já posso começar a sentir saudade e tristeza, né?  

Já tive três festas de despedida e mesmo assim é estranho saber que domingo eu vou embora, ainda parece que não tem nada acontecendo.

Algumas pessoas que eu já me despedi, não verei mais, outras eu ainda vou ver, a maioria as pessoas da minha família eu ainda vou ver no domingo durante o almoço antes de ir para o aeroporto, mas alguns amigos eu já não verei mais. :(

A sensação de saber que você vai ficar longe de todo mundo é dificil de explicar, não sei se tem como explicar, talvez seja só sentindo mesmo. Eu já estou começando a ficar com saudade da minha família, da minha gata, etc., sempre que olho para eles eu fico pensando no tempo que vou demorar para ficar perto de todo mundo de novo.

Sofrendo por antecipação? Talvez. Não sei controlar!

Eu tenho várias coisas para fazer durante essa semana e TEM que dar tempo de fazer tudo. Provavelemente volto aqui antes de embarcar, until there I'll try to keep calm! :)

31 de agosto de 2010

Como é a entrevista no consulado?

Esse post vai ser bem grande, porque eu coloquei alguns detalhes sobre como é o tão temido "Dia V" (o que em que você vai saber se você realmente vai poder ir para os Estados Unidos ou não).

Minha entrevista foi no dia 17/08/2010 - 26 dias antes da data do meu embarque.

Eu comecei beeem cedo essa jornada, eu sai de casa umas 1:30 (isso porque moro 3 horas de São Paulo), mas nós não sabiamos o caminho e deu umas coisinhas erradas, chegamos lá quase 5 horas. Já encontrei uma menina que também ficou na fila comigo e depois chegou um casal.

Demorou para abrirem os portões, porque nós chegamos bem cedo, mas 6:30 a fila já estava bem grande.

Acho que umas 6:30 - 7:00 eles abriram os portões. Como todos dizem: fila para tudo. Você segue uma linha verde e vai para um balcão, pegam os documentos e grampeiam o passaporte, depois você espera para a pré-entrevista.

Na pré-entrevista, ele só me perguntou o que eu iria fazer nos EUA e me deu um livrinho sobre direitos.

Depois dessa pré-entrevista, você senta e espera começar a chamar as senhas para as digitais. O meu deu errado umas 3 vezes, o homem foi meio estúpido, mas eu nem liguei, ele está lá para isso mesmo.

Você senta e espera DE NOVO, eu esperei muuuito, começaram a chamar umas 8:30, eu era o segundo, nem lembro o guiche (acho que era 11 ou 12), mal me lembro da cara do consul, sei que ele tinha cabelos castanhos escuros e o microfone dele estava péssimo.

O visto é igual a esta imagem.

Tinha MUITA gente lá, uma mulher mandou várias pessoas esperarem na lanchonete porque não cabiam mais pessoas ali e pediu que eles voltassem depois de 30min.

E a entrevista foi assim...

C - Consul
W - Willian (no caso, eu mesmo)

W - Bom dia!
C - *balançou a cabeça*
C - So, you want to be an au pair? (em inglês mesmo, ele não falou nada em português comigo)
W - Yes.
C - Where are you going to live?
W - Califon, New Jersey.
C - Can you tell me kajhsashakjs? (falhou o mic)
W - I can't hear you.
C - Can you tell me about your host family?
W - Their names are ... they have xx children, xxx is xxx years old...
C - What are you doing here?
W - I work at a language school.
C - What do you want to do when you come back?
W - I want to go to college and study English and Portuguese.
C - Ok. Your visa hasjshkajs approved. (não entendi mesmo, fiquei olhando pra cara dele)
C - Now you have to pay the Sedex.
W - Ok, thank you.

Ele não me pediu NENHUM documento e eu tinha levado UMA TONELADA de papéis. (Mas é bom levar tudo que você imaginar, eles podem pedir)

Depois eu nem sabia se eu tinha conseguido ou não, fiquei meio besta, mas deduzi que se ele tinha me mandado pagar o Sedex, era porque tinha dado certo.

Segui a linha laranja e entrei na fila do Sedex, paguei e fui procurar a minha mãe. Detalhe: eu nem sabia se eu tinha que voltar lá dentro de novo, mas como ele não me falou nada, fui embora.

E foi assim que eu consegui o visto, meu passaporte chegou com o visto (claro!) uns 7 dias depois da entrevista.

29 de agosto de 2010

The never ending story...

É, esse negócio de ser au pair, não tem fim. Antes de ir, você passa por tanta coisa, que no final você fica até meio cansado. O processo é longo, até para quem encontra uma família rápido, é demorado, pois você passa por várias fases até chegar à sua família - aquela que você espera que sejá a melhor de todas. A melhor de todas não existe, quando eu me inscrevi no programa, já tinha isso na cabeça, a melhor família é a sua que está no Brasil mesmo.

Depois de um LONGO período, chegou a minha vez de ser au pair. Tudo que eu passei está escrito ali do lado, não foi nada fácil, nada é fácil.

Agora faltam 14 dias para chegar nos Estados Unidos e ainda tenho muitas coisas para fazer. Tenho que comprar presentes, roupas para levar, me despedir das pessoas, etc., por isso o título é "the never ending stoty", esse processo de ser au pair nunca acaba, talvez acabe depois de alguns meses que você volta para a sua casa no Brasil. São tantas coisas para fazer que a minha cabeça até fica tonta.

Embarco no dia 12/9, por enquanto, não encontrei ninguém que vai no mesmo voo que eu, mas já encontrei pessoas muito legais que irão no mesmo dia - people do dia 12/9, encontro vocês lá! Augusta, quando você me ver, grita, tá? Hahaha.

Ainda tenho muita coisa para colocar aqui, por exemplo, a tão temida entrevista no consulado. Eu fiquei super nervoso, levei um trilhão de papéis, gastei dinheiro autenticando vários documentos e quando cheguei lá, ele não me pediu uma folha sequer, claro que é melhor levar tudo, porque nunca sabemos quando vão pedir. De certa forma, foi um alívio ele não me pedir nenhum documento, tenho a impressão de que quando eles começam a pedir documentos, é porque estão desconfiados de alguma coisa.

O meu maior medo no dia da entrevista, era que eu não tinha/tenho nenhum vínculo com o Brasil, que é o que eles querem que você prove. E deu tudo certo, sem vínculos mesmo! Ainda bem!

O post já está ficando grande, volto depois para contar direito como foi a entrevista e vou explicar um pouco das várias etapas que cada au pair passa, assim que eu tiver tempo.

See in a while, crocodile!

P.S. O blog será fechado para convidados depois, mas se você quiser continuar lendo, é só deixar o e-mail que você usa na sua conta Google (tem que ser o mesmo do Orkut ou um endereço do Gmail).